segunda-feira, 31 de maio de 2010

Empresas com equipes campeãs


Com ou sem crise, um negócio é sinônimo de sucesso se tem uma equipe de sucesso. Os colaboradores de uma empresa, independentemente de seu porte - micro, pequena, média ou grande - precisa ter em seu quadro funcionários, líderes, gestores, diretores totalmente integrados, que falam a mesma língua, que gostam do que fazem, que acreditam no produto ou serviço que oferecem no mercado, que tem orgulho de onde trabalham.

Afinal, como vender algo se você não compraria o que está vendendo? Impossível! Como fidelizar um cliente se você não se sente cliente de onde vive e sobrevive de oito a doze horas do seu dia - quando não mais?!

Por isso é fundamental conhecer o que se está vendendo, suas características, seu custo x benefício, as regras, normas e procedimentos da empresa, para viabilizar tanto o que se tem a oferecer, como o que o cliente deseja. Sim, é isso mesmo! O que o cliente deseja, pois se não for para atendê-lo, estaremos atendendo a quem?

O processo de vendas deve ser simples, entretanto muito bem feito. Deve ser claro, objetivo, focado no cliente. No momento em que é atendido, o cliente tem que se sentir a pessoa mais importante do mundo. Nada de começar atendê-lo, parar, atender outro, para voltar ao primeiro. Esse tipo de procedimento não ajuda em nada com que ele volte a comprar na mesma empresa com a mesma intenção com que ali chegou.

Quando um cliente entra num estabelecimento para o ato da compra, principalmente nos dias atuais, geralmente já fez um levantamento de qualidade, preço, atendimento, etc. Se suas expectativas não são correspondidas, a fidelização fica extremamente comprometida.

Como é desagradável você chegar a um determinado local e, ao se deparar com um balcão, ter que quase implorar para ser atendido. Como é irritante entrar num estabelecimento comercial e os vendedores lhe abordarem como se estivesse num "abate". Se a maioria já sabe que essas situações não são promissoras, então porque insistem em cometer tais falhas? Por falta de conhecimento ou por não se identificar com a função que está desempenhando.

Equipes campeãs trabalham com entusiasmo, com energia positiva, transparecem que ali estão porque querem, porque gostam, porque precisam e porque a empresa necessita desses profissionais integrados.

Equipes campeãs se sustentam com sinergia que, segundo Stephen R. Covey, em Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, "significa que o todo é maior do que soma das partes. (...) A essência da sinergia é valorizar as diferenças - respeitá-las, investir nos pontos fortes, compensar as fraquezas."

Pessoas se reinventam todos os dias. Antigamente, tínhamos que ser especialistas. Hoje, passamos a ser generalistas, onde todos devem saber de tudo um pouco - e erram um pouco em tudo - buscando o melhor para si e para a empresa.

Equipes campeãs agem com conhecimento, habilidade e atitude - o "CHA". E, para agir assim, além de ser qualificados, dinâmicos e ousados, os profissionais têm que ter a capacidade de convencimento - e isso já se traduz pela voz, pela forma que fala e o que fala. Pelo que se transmite ao cliente, a mensagem pode ser negativa e até traumática, ou positiva, sendo motivacional, incentivadora.

Bernardinho, Técnico da Seleção Masculina Brasileira de Vôlei, afirma: "mais importante do que a vontade de vencer, é a vontade de se preparar para a vitória". Quer melhor exemplo que esse de equipes campeãs?

E, ainda, cito Aristóteles: "Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito."

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré - SP, publicado em 07/12/2008.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Caminhar... in italiano e portoghese


"Ci sono solo due errori che si possono compiere lungo il cammino che porta alla verità: non percorrerlo fino in fondo e non dare inizio al viaggio." (Proverbio Buddhista)

Traduzione (Tradução):

"Há apenas dois erros que se pode cometer ao longo do caminho que conduz à verdade: não percorrê-lo até o fim e não dar início à viagem." (Provérbio Budista)

A minha, a sua, a nossa crise financeira mundial


Devido à crise financeira mundial anunciada em 2008-2009, naquela ocasião redigi um artigo. Como crises vêm e vão – veja agora, em 2010, o que está acontecendo na Grécia – o assunto não deixa de ser atual. Portanto, sequencialmente aos demais, registro aqui o que consegui apreender lendo, assistindo, ouvindo especialistas renomados do segmento corporativo.

Há alguns dias, estava lendo as dicas semanais publicadas por Max Gehringer, Comentarista Corporativo e escritor, na Revista ÉPOCA. Num trecho, Max afirma: “Para entender a extensão da crise, é importante prestar atenção ao que nossos governantes dizem. E eles disseram em ordem cronológica: (a) o Brasil está blindado; (b) pode ser que sejamos levemente afetados; (c) de fato, a crise é mundial e ninguém está livre dela. Nesse ritmo, lá pela letra (f) o discurso fica indigesto.”

A grave crise global, segundo os especialistas, é um abalo financeiro que não se vê há mais de 60 anos. Quem acha que não será atingido – isto se já não foi – está meramente iludido. Quanto ao Brasil, o que se espera é que a avalanche nos tome no decorrer do todo o ano de 2009.

Também, há poucas semanas, participei de um “Encontro de Negócios Itinerante em Sumaré”, organizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). Na apresentação principal, o Prof° Dr. Salvador Raza, Consultor Internacional na área de Projetos de Inovação Tecnológica e Planejamento Estratégico, enfatizou que a crise mundial teve seu início com o sistema bancário e grandes empresas e, certamente, ainda estará atingindo as micro, pequenas e médias. Entretanto, as grandes se recuperam mais rápido do que as pequenas.

O profissional destacou a necessidade de se pontuar a energia consumida na empresa, mas não só a elétrica, e sim, a energia humana dispensada no processo como um todo. E, para isso, é preciso criar competências dentro do empreendimento, saber mapear e constituir um banco de dados (com redes de relacionamentos completas, com informações de cada empresário, de cada tipo de negócio, fornecedores, clientes, concorrentes) subsidiando, dessa forma, o processo de planejamento, controle e decisão.

Para a superação da crise, estratégias precisam ser estabelecidas, dando respostas às questões:
  • Minha empresa se baseia no relacionamento com o cliente?
  • Minha estratégia é estar 2 anos à frente (ou 1 ano à frente) que meu concorrente?
  • Minha estratégia tem custos abaixo do meu concorrente?
O empreendedorismo contemporâneo nos leva a identificar um problema – que se torna o desafio – a buscar a ideia, que deve ser analisada se é ou não “a oportunidade”. Perspectivas devem ser encontradas através do conhecimento e da prática, perguntas “certas” devem ser feitas, soluções devem ser desenvolvidas, determinando-se a escala do ótimo ao possível. Mesmo administrando incertezas, a chama tem que ser mantida acesa.

E é de conhecimento público que manter a chama acesa é um desafio e tanto considerando a elevação do desemprego, as quedas na exportação e importação, a contenção de despesas, a diminuição do consumo, o ressurgimento do “fantasma” da inflação, o aumento das taxas de juros – já exorbitantes em se tratando de Brasil. Enfim, o panorama da economia mundial é tal como um “surto psicótico financeiro”.

Mesmo assim, analistas ainda declaram que o Brasil não sofrerá uma recessão, mas certamente está começando a sentir uma desaceleração na economia. E não é só o Brasil, não! Ao final dessa crise, que já se torna histórica, se vislumbra um crescimento mundial num ritmo mais contido, com regras e normas financeiras mais sérias.

Sabe do que precisamos agora para sobreviver a essa turbulência? Sugiro equilíbrio, bom senso, confiança e atitude! Equilíbrio para planejamento, bom senso para avaliar o que é bom e o que é ruim para sua empresa, confiança para tomar decisões e atitude para continuar prosperando. Afinal, esta é a minha, a sua, a nossa crise financeira mundial. Não tem como e nem para onde fugir!

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 30/11/2008.

Finanças: o “coração” da empresa – Parte II


Principalmente, aos que já são pais, costumo dizer que administrar o próprio negócio é como criar um filho. Se você o planeja antes de por no mundo, é mais suscetível a acertos do que erros. O mesmo acontece se acompanha de perto, sem deixar nas mãos dos outros. E, mesmo assim, pode passar por insucessos, mas não porque deseja, e sim por desconhecer como lidar com algumas situações.

Outro alerta que sempre recomendo aos empresários é com relação às despesas pessoais, sobre não misturar a pessoa física com a pessoa jurídica – o que, infelizmente, é bastante comum em se tratando de micro e pequenas empresas brasileiras. O “João da Silva” – pessoa física – tem uma carteira em seu bolso (aqui não importando se nela contém dinheiro ou não). Já, o “João da Silva Ltda.” – pessoa jurídica – tem um caixa. E dali não se deve subtrair sequer um centavo para cobrir despesas da carteira do João da Silva, que já tem um pró-labore (salário do dono) para pagar as despesas particulares.

No artigo anterior, abordei o item despesas de uma forma generalizada. Entretanto, faz-se necessária sua subdivisão e conceituá-las: despesas fixas e despesas variáveis.

As despesas fixas independem das vendas, ou seja, vendendo ou não o empresário vai ter que pagá-las. Diante disso, elas devem ser adequadas às reais necessidades da empresa. Podem ser exemplificadas em salários, encargos, despesas com o Contador, pró-labore, manutenção, energia elétrica, água, telefone, internet, aluguel, etc.

Contrariamente às despesas fixas, as despesas variáveis dependem das vendas. Ou melhor: variam proporcionalmente aos valores das vendas realizadas. Quanto mais vendo, mais ganho. Quanto mais vendo, mais lucro. São exemplos as comissões dos vendedores, os impostos sobre as vendas – sejam federais, estaduais ou municipais.

O lucro líquido é o que sobra das vendas, deduzindo-se todas as despesas e custos das mercadorias/produtos/serviços vendidos.

A lucratividade é calculada dividindo-se o lucro líquido pelo valor das vendas. Já, a rentabilidade, dividindo-se o lucro líquido pelo valor de investimentos. Portanto, para valer a pena de se manter uma empresa com portas abertas, a lucratividade tem que ser maior que a rentabilidade.

Para se determinar o valor do preço de venda, deve-se sempre considerar:
  • a recuperação dos custos das mercadorias/produtos/serviços vendidos
  • a cobertura das despesas variáveis
  • a cobertura, através do volume adequado de vendas, de todas as despesas fixas
  • o lucro, a fim de remunerar o capital investido e fazer com que a empresa cresça
  • a competitividade em relação aos preços da concorrência, agregando valores, tais como excelência no atendimento, localização do ponto, embalagem.
A margem de contribuição é a diferença do preço de venda com os custos das mercadorias/produtos/serviços vendidos menos as despesas variáveis. Saber o valor da margem de contribuição é fundamental para avaliar as atividades operacionais – despesas, custos, preço de venda, volume, mix de produtos – para planejar ações futuras, como estabelecimento de objetivos e de metas e estratégias para gerar o lucro e cobrir as despesas fixas.

O ponto de equilíbrio é o valor mínimo de vendas que a empresa deve realizar para pagar todos os custos e despesas. Ele permite ao empresário estabelecer o volume de vendas mínimo e ter a expectativa do lucro.

Mensalmente, o empresário tem que realizar o demonstrativo de resultados, para apurar se está tendo lucro ou prejuízo. Diante disso, sua capacidade gerencial deve ser desenvolvida constantemente, permitindo o domínio sobre seu negócio e, consequentemente, a competitividade no mercado.

Ter conhecimento de todos esses conceitos e suas implicações faz parte da gestão financeira, que é o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras de uma empresa onde, por meio de ações administrativas, objetiva maximizar as vendas e o lucro e minimizar as perdas. Portanto:
  • atenção para o desperdício de mercadorias/produtos/serviços e materiais em estoque
  • cuidado ao estabelecer o pró-labore e cumprir com o que foi determinado
  • analise frequentemente a empresa, registrando o que acontece de positivo e negativo, buscando melhorar sempre e corrigir erros.
De imediato, não me recordo se já citei isso, mas, de qualquer forma, vale lembrar: ter o próprio negócio é como ter um filho: não vem com manual de instrução, termo de garantia e nem prazo de validade. Entretanto, a responsabilidade é toda sua!

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 23/11/2008.

Finanças: o “coração” da empresa


O momento econômico no qual vivemos exige, em qualquer atividade econômica, em qualquer tipo de negócio, uma gestão financeira eficiente.

Fatores externos tais como concorrência, falta de recursos, políticas econômicas, dentre outros, pressionam muito os empresários a estarem atentos a todos os elementos internos de sua empresa – custos, despesas, produtividade, etc. – a fim de realizar ações que busquem resultados, no mínimo, satisfatórios.

É sabido que o maior objetivo de uma empresa é o lucro, a fim de consolidar-se e crescer. E qual sua maior preocupação? A contenção de custos. Afinal, se a receita for maior que a despesa, obtém-se o lucro. Já, o contrário, ou seja, se a receita for menor que a despesa, está se colhendo prejuízo.

Segundo pesquisas, cerca de 86% dos empresários não sabem seu preço de venda. Portanto, o comportamento gerencial das empresas deve estar voltado para a atualização de informações acerca do próprio negócio, sobre os concorrentes, os hábitos de consumo do público alvo – que mudam de forma extremamente dinâmica – e as tendências do cenário econômico para a tomada de decisões com rapidez e segurança.

A “alma” do negócio é a administração de produção (ou estoque). O empresário tem que fazer uso de sua criatividade, buscando:
  • minimização dos custos de despesas
  • estratégias de preços de venda
  • maximização das receitas com as vendas
  • otimização de resultados
  • remuneração de investimentos.
Os custos são valores ligados ao produto ou serviço como, por exemplo, a matéria-prima ou mercadoria para revenda. As despesas são valores referentes ao funcionamento da empresa: aluguel, impostos, manutenção do prédio, consumo de água, energia elétrica, telefone, internet, salários dos colaboradores, encargos sobre os salários, 13°, férias, pró-labore, etc. Os investimentos são valores direcionados à abertura do empreendimento como um todo. As receitas são as vendas da empresa.

O “segredo” do negócio é vender bem e saber comprar. E quando há ganhos na compra?
  • quando o pagamento é à vista
  • quando há parceria com os concorrentes
  • quando há parceria com os fornecedores
  • quando a compra é em grande quantidade.
Por outro lado, há ganhos na produtividade quando se põe ordem no produto ou serviço, criando um fluxograma onde são enumeradas todas as tarefas. Para isso, é preciso anotar, ou seja, observar e registrar cada tarefa, o tempo e os recursos para sua execução, seja ela automatizada, informatizada ou terceirizada.

Muitas empresas não vão bem financeiramente – e chegam a fechar suas portas – por que dimensionam mal o valor gasto com as despesas fixas e, assim sendo, as vendas são insuficientes para sua cobertura. Portanto, elas devem ser bem vigiadas para evitar os famosos ralos na empresa.

Aqui está mais um assunto que não se esgota: finanças, que é o “coração” da empresa. E de nada adianta a quem pretende abrir o próprio negócio dizer que não gosta de números, não gosta de matemática. Não há empreendimento que sobreviva sem domínio sobre seu financeiro.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 16/11/2008.

Sonhos...


"Matar os sonhos é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso." (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A arte de vender e a qualidade em atender


Que a venda é uma arte, a maioria dos profissionais da área já sabe. E acrescento: vender, além de ser uma arte, é uma técnica, uma emoção. Para vender é necessário gente que goste de gente.

Para vender é necessário ler, estudar, se capacitar, sendo que o cliente compra, volta e indica quando gosta muito da empresa, dos produtos, das pessoas, mas, principalmente, ele tem que gostar do vendedor. Portanto, para ser um sucesso em vendas, o cliente precisa gostar do profissional que o atende. E, para atender bem, é preciso treinar e motivar a equipe – atividade essa de baixo investimento e retorno imediato.

O cliente que é mal atendido divulga o ocorrido a um número muito maior de pessoas do que o contrário, ou seja, a falta de qualidade no atendimento resulta, comprovadamente, em perdas, às vezes, irrecuperáveis, de fiéis consumidores e, consequentemente, do lucro. Atender com qualidade é um dos principais fatores de sucesso de uma empresa.

Na arte de vender, agregada à qualidade em atender, conquistar é o primeiro negócio. Para essa conquista, o vendedor precisa fazer uso de uma pergunta-chave: Qual emoção eu desperto? Explicando: quem desperta emoções positivas, ganha mais dinheiro. Quem desperta emoções negativas, não ganha sequer um centavo. A força do atendimento vem do coração. É o exercício da empatia – se colocar no lugar do outro.

Diante disso, detalhes pessoais são fundamentais, tais como postura, higiene pessoal, roupas adequadas, comunicação, pró-atividade, cordialidade, dentre outros. Na venda, a qualidade do atendimento fica enfática quando o início do processo se dá de uma forma amistosa, cortez, com sorriso honesto, sincero, com fala pausada e clara, com um semblante simpático. Deve ser perguntado o nome do cliente e sempre mencionado. A palavra que o ser humano mais tem prazer em ouvir é seu próprio nome – e isso não é utopia.

Ao considerarmos as relações humanas, todos são iguais. Já, quanto às relações de vendas, “cada um é cada um” e as diferenças devem ser respeitadas. Antes da venda é preciso entender o que o cliente busca, o que ele deseja.

O cliente de hoje é bem informado, tem poder de escolha e faz exigências como nunca. O cliente da atualidade quer um vendedor que seja consultor – que informa, orienta, ajuda a tomar decisões. E mais! O consultor é um bom ouvinte, faz perguntas, procura descobrir necessidades e apresentar soluções. O bom vendedor vende benefícios, não mais apenas produtos ou serviços. Por isso tem que oferecer com astúcia, com entusiasmo, com convicção.

Segundo Alfredo Rocha, conferencista especializado em motivação empresarial, “a necessidade é lógica e a decisão emocional”. Por isso, de nada adianta empurrar um produto ou serviço, procurando obrigar o cliente a adquiri-lo – aí é que ele não leva. Ou melhor: o que leva é a má impressão do negócio, do vendedor e do produto, por melhores que sejam.

Muitas vezes, o diferencial em uma concorrência está na qualidade do atendimento. Afinal, se compararmos dois negócios do mesmo ramo, com o mesmo potencial, com os mesmo públicos, com a mesma qualidade e preço, o cliente – sem dúvida – vai optar pelo que oferece o melhor atendimento.

O que todos esperam no ato da compra é ser bem atendido. Quando o cliente é bem atendido, geralmente, o vendedor consegue vender. Conseguindo vender, e com qualidade, o cliente volta. O cliente voltando, a empresa tem expectativa de permanecer no mercado. E o mercado agradece! Afinal, são vários sobreviventes: o cliente, o vendedor, o empresário, o negócio. E a geração empresa não se esgota!

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 19/10/2008.

Sobre música...


"Os músicos não se aposentam - param quando não há mais música em seu interior."
(Louis Armstrong)

Quem somos? O que somos?


"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...
somos seres espirituais passando por uma experiência humana."
(Theilhard de Chardin)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O desafio de lidar com pessoas


Dentro de qualquer empresa, seja ela micro, pequena, média ou de grande porte, sempre há desafios que alguns insistem em rotular como problemas. Mas, comumente, não adoto a denominação “problemas” em minha vida. Prefiro os desafios, que aí estão para ser transpostos e, certamente, com oportunidades de soluções e de melhorias. E, o desafio a que me refiro neste artigo é o de lidar com pessoas.

Pessoas provêm de famílias diferentes, com personalidades, educação, conceitos, valores, tabus, critérios, expectativas, condições socioeconômicas diversas. E, somadas as diferenças de idade e de experiências no contexto empresarial, trás à tona, de forma mais relevante ainda, as inúmeras facetas do profissional enquanto indivíduo.

Há um conflito entre gerações que se torna uma preciosidade no mundo corporativo: antigamente, o profissional buscava pela estabilidade e, hoje, almeja resultados imediatos. Essa divergência, se bem conduzida pelas lideranças, se torna uma das garantias de sustentabilidade da empresa: de um lado, está a experiência aliada à competência e, de outro, a busca incessante pela mudança, pelo novo, pelos resultados, pelas metas.

Na era da competitividade na qual nos encontramos, o destaque está na qualidade, no comprometimento e no desempenho das pessoas que compõem os recursos humanos da empresa. Para alimentar, para motivar essas mesmas pessoas faz-se necessário interessar-se pelo ser humano em sua essência, usando sempre o recurso do feedback, que “é o procedimento que consiste no provimento da informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta ou eventualidade executada por ela e objetiva reprimir, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações determinadas, executadas anteriormente."(*)

A gestão de recursos humanos, quando bem utilizada, é uma ferramenta indispensável para o envolvimento das pessoas em relação à qualidade de tudo o que é desempenhado no contexto empresarial. Aqui, especificamente, a liderança necessita de extrema cautela para a tomada de decisões: ouvir – ou melhor, saber ouvir – observar, refletir, descentralizar, delegar, compartilhar, recompensar. Quando o funcionário sabe exatamente quais suas atribuições, para que realiza as tarefas, a que se destinam, quais os resultados do que faz, ele corresponde de forma extremamente positiva para com a missão da empresa e, ainda, evitando-se os famosos ruídos de comunicação.

Avaliar as competências e o desempenho das pessoas na empresa propicia identificar os pontos fortes e fracos de cada indivíduo e desenvolver instrumentos de gestão que levem a potencializar as características relevantes para a aceleração do processo administrativo como um todo.

Pessoas também têm uma grande resistência às mudanças, seja pelo conforto, pelo comodismo, pelo medo do novo, pelos paradigmas. Mas, a partir do momento em que percebem que precisam da mudança – e aqui entram as necessidades individuais – essas mesmas pessoas passam a aceitá-la, a se adequar, a evoluir.

A arte de lidar com pessoas e superar os desafios agregados a esse processo é uma mola propulsora empresarial que, quando bem administrada, gera motivação, desenvolve competências, mobiliza equipes, agiliza processos, minimiza resistências e preconceitos, potencializa talentos. Consequentemente, ganha o ser humano e ganha o “ser empresa” – é jogo do “ganha-ganha”.

(*) http://pt.wikipedia.org/wiki/Feedback

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 12/10/2008.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O chefe é líder?


As empresas inseridas no mundo competitivo sofrem um processo extremamente dinâmico e contínuo de mudanças que, para manutenção da qualidade de seus produtos ou serviços, exigem a interferência de um agente motivador indispensável: o líder.

São inúmeros os artigos, referências bibliográficas, cursos e palestras sobre liderança que são ofertados ao público em geral, principalmente, aos profissionais que têm sede de capacitação por conduzir com maestria sua equipe e obter melhores resultados para a empresa. A teorização do que é um líder é até fácil de ser entendida, mas, na prática, nem sempre é tão simples assim de ser interpretado seu contexto, seu papel, suas responsabilidades.

O líder não nasce pronto. Suas habilidades e competências são amadurecidas durante o desenvolvimento de sua personalidade. E, quem pré-julgar que o líder muda as pessoas, engana-se totalmente. A liderança atua de forma a conduzir, a influenciar, a motivar pessoas, extraindo-se o que têm de melhor delas em relação às suas potencialidades.

A criatividade é uma das características fundamentais do líder. Entretanto, o mercado exige muito mais: que ele seja pró-ativo, que se comunique bem, que trabalhe em equipe e desenvolva pessoas, que supere paradigmas e saiba como proceder diante de novas situações, que tenha equilíbrio mediante pressões ou dificuldades, que se desenvolva sempre e contagie a equipe, motivando-a também em busca da melhoria do ambiente, que saiba administrar conflitos, negociar, tomar decisões, gerar resultados.

A boa liderança é desempenhada através do comunicar claramente, do determinar, do persuadir, do compartilhar, do delegar. Distingui-se um bom líder por meio de uma particularidade especial: ele assume a responsabilidade quando há algum fracasso, quando não obtém resultados almejados. E, mediante o sucesso, divide os louros com a equipe.

Geralmente, o chefe é resultado de uma imposição, de uma determinação empresarial, independentemente de ele ter competência ou não para o cargo que se destina. Neste caso, o que se impõe é que a equipe funcione. Um chefe sem liderança apenas manda, domina, exige, sem absoluta preocupação com o todo, apenas com o individual. O chefe que não é líder não tem resultados efetivos, não tem objetivos comuns.

Já, o líder envolve, cativa, atrai, reconhece, ouve, aceita, estimula. A liderança bem desempenhada envolve a organização num clima de confiança, incentivando o desempenho da equipe e, com determinação e persistência, todos buscam resultados positivos para a empresa.

O líder não é um cargo realizado à força. Ao contrário, é escolhido pela equipe através de um processo natural e diário.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 28/09/2008.

O bom vendedor é investimento


Diariamente, o cliente obriga o empreendedor a repensar todo o processo de seu negócio, uma vez que ele está cada vez mais exigente quanto aos produtos e serviços que necessita, busca rapidez no atendimento, deseja menor preço e maior qualidade.

Há de se considerar que o ciclo de vida dos produtos está cada vez mais curto e, consequentemente, os processos de mudança do mercado cada vez mais rápidos, surgindo novas marcas e aumentando a concorrência.

Com essa resumida apresentação de como tem se comportado o mercado, o empresário se obriga a buscar novas formas de vendas, fazendo uso de sua criatividade e de seus colaboradores. Uma dessas técnicas que pode ser enfatizada é a promoção, em suas diversas formas:
  • através de amostras do produto, coletando o nível de interesse e satisfação do cliente
  • quando do aniversário da empresa, por meio da oferta de vantagens ou descontos aos clientes que também aniversariam no mesmo dia ou mês
  • com a “Campanha do Amigo”, sendo que o cliente traz novos consumidores de seu convívio para o empreendimento e, assim sendo, é premiado com algum benefício pré-estipulado
  • através de brindes, sorteios, concursos, etc.
Quando um cliente sai de sua casa para comprar, ele passa por um processo: percebe suas necessidades, busca informações para supri-las, avalia as alternativas encontradas para, a partir daí, decidir e, definitivamente, comprar ou não. Ao comprar, o consumidor tem que sentir que está sendo auxiliado a adquirir um produto ou serviço, e não que estão empurrando algo para ele levar a qualquer custo.

Para que esse processo não seja interrompido em nenhuma de suas etapas, é fundamental que o vendedor, além de vender bem, saiba entender o cliente. Esse profissional tem que estar munido de informações, estar atualizado, ser organizado, saber ouvir e prestar atenção ao que o cliente expressa, tornar útil e proveitosa sua rede de relacionamentos (networking), ter prazer em atender e vender.

O vendedor tem que ter orgulho de ser vendedor. Ele é uma das principais engrenagens da empresa e deve estar conscientizado de que o cliente é um patrimônio do negócio. Patrimônio que justifica a existência e a sobrevivência do empreendimento.

Assim sendo, há de se considerar inúmeras características do consumidor em potencial: quais suas necessidades, seu nível de exigência, seu poder aquisitivo, suas resistências, faixa etária, sexo, estado civil. Quanto mais informações sobre o cliente, mais argumentos o vendedor terá para fidelizá-lo.

Concluindo, o vendedor criativo, que exerce sua arte com postura, bom desempenho, eficácia e satisfação, vende benefícios e não simplesmente produtos ou serviços. O modo como o cliente percebe o que está comprando é a forma como ele percebe o vendedor. Vendedor esse que deve ser um investimento para a empresa e, jamais, uma despesa.

Este artigo reeditado, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 21/09 e em 21/12/2008.

Concorrência é desafio, não “inimigo”


Nos três primeiros artigos que assino na Geração Empresa(*) o leitor encontra a citação “mercado”. E o que significa esse mercado? No setor empresarial, trata-se de seu consumidor, seus concorrentes e seus fornecedores.

Hoje, faço questão de discorrer sobre a concorrência que tantos temem. E estejam certos de que, muitas vezes, não há fundamentos para esse “temor”.

Existem empreendedores que, ao abrir uma empresa, de antemão, declaram: Vou abrir um tipo de negócio que não tem concorrente. E, de início, já apresento um alerta: você pode até abrir um empreendimento sem concorrência, mas se ele der certo – e tomara que isso aconteça – os concorrentes surgirão. Afinal, isso é resultado positivo, uma vez que só se abre uma empresa objetivando o lucro, pretendendo que ela dê certo, que sobreviva no mercado.

O concorrente é aquele que, desde que atenda às mesmas necessidades dos clientes, atua na mesma região onde se tem o empreendimento.

É importante estar atento ao que a concorrência faz e como faz, o que está vendendo, de que forma trabalha, se adere às inovações, qual a qualidade de seus produtos ou serviços, como estabelece seus preços, como realiza promoções, de que forma motiva e capacita seus funcionários, como pratica o atendimento, como fideliza seus clientes. As respostas a essas questões é um mapeamento da competitividade onde o empreendedor visualiza a posição de sua empresa perante seus concorrentes.

Ao traçar esse mapa, o empresário passa a entender a concorrência e sua real posição no setor que opera, a estabelecer estratégias de sobrevivência do seu negócio no mercado, a explorar diferenciais que atraiam e fidelizem clientes e fornecedores, determinando, consequentemente, suas vantagens competitivas e implantando melhorias a fim de eliminar pontos fracos e destacando pontos fortes.

Da mesma forma que aprendemos com nossos erros e acertos – principalmente, com os erros – é essencial transferir essa experiência para o mundo dos negócios, onde se aprende muito com os próprios erros e acertos e os da concorrência.

Para que todas as informações aqui sugeridas sejam claras e objetivas, faz-se necessária a atuação de um indivíduo com papel decisivo nesse processo: o líder. Mas, sobre liderança, em sua essência, abordarei em artigos futuros. Agora, destaco apenas uma das características fundamentais do líder perante a empresa: comprometimento.

O comprometimento a que me refiro é a prática constante de defesa de sua empresa, de forma a contagiar seus colaboradores e parceiros, sem menosprezar o produto ou o serviço do outro, é a relação cordial e ética com a concorrência, é estar atento permanentemente com o cliente que, por sua vez, está observando o seu negócio e de seus concorrentes. E é ele que faz as escolhas de acordo com suas necessidades.

A competitividade é um processo extremamente dinâmico. Mudanças ocorrem a todo o momento e para que a empresa acompanhe as oscilações do mercado e sobreviva com destaque perante a concorrência, de nada adianta atacá-la como se estivesse em um “campo de batalha mirando contra o inimigo”. O concorrente é o desafio do negócio que tem tudo para dar certo. O que o outro faz bem, tenho que fazer melhor. O que faço na minha empresa, o outro vai buscar fazer melhor ainda na dele. É uma necessidade permanente onde o empresário está em busca do lucro e o principal vencedor dessa boa batalha é o cliente.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa”(*) do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 14/09 e em 05/10/2008.

CPFL Cultura - Café Filosófico


"A tecnologia iguala as empresas. As pessoas fazem a diferença." (Marcos Cavalcanti - Gestor Empresarial)



Pão com Manteiga


Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.

A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo. Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida."

Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:

- Muito obrigado por este presente, meu amor... Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!

Moral da história:

1. Você precisa dizer claramente o que deseja. Não espere que o outro adivinhe.

2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você.

3. Deixe-o falar, peça-o para falar e, quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

4. Este texto pode ser aplicado não só para relacionamentos entre casais, mas também para pais/filhos, amigos e mesmo no trabalho...

Tão simples como um pão com manteiga!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

E por falar em UNICAMP...


Citei, no artigo anterior - Planejar é preciso - sobre Fóruns de Empreendedorismo da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Confira sobre o que se trata.

"Os Fóruns Permanentes foram criados em 2003 com o objetivo de realizar debates e reflexões sobre ações de ensino, pesquisa e extensão, integrando a comunidade interna e externa da Unicamp.

Pesquisadores e profissionais de diversas áreas do conhecimento apresentam considerações sobre temas de grande relevância para o desenvolvimento econômico, cultural e social do país. Desta forma, é possível o debate e o intercâmbio de experiências entre os profissionais e alunos da Unicamp e a comunidade externa e suas instituições." (Fonte: http://foruns.bc.unicamp.br/).

Indico a participação nesses eventos, de acordo com sua área de interesse:
  • Arte e Cultura
  • Ciência e Tecnologia
  • Desafios do Magistério
  • Empreendedorismo e Inovação
  • Ensino Superior
  • Esporte e Saúde
  • Extensão Universitária
  • Fóruns Extras
  • Meio Ambiente e Sociedade
Os profissionais que ministram as palestras são profissionais renomados e abordam, sempre, temas da atualidade.

As inscrições podem ser realizadas via internet ou pessoalmente, pouco antes do início, todas gratuitamente. E, participando o dia todo do evento, você leva seu certificado na hora.

Ah! E se cadastrando no site mencionado acima, você recebe, periodicamente, a programação no seu e-mail.

VALE A PENA!!!

Nota: Atualizado em 18/07/2011.

Planejar é preciso


Inúmeras empresas que são abertas no Brasil tem suas portas fechadas entre o primeiro e o quinto ano de funcionamento. E são vários os motivos para o “índice de mortalidade”, como o SEBRAE denomina: falta de conhecimento do próprio negócio e do mercado, ausência de projeções, má comunicação entre os sócios e com os colaboradores, não comprometimento e, dentre tantos que podem ser enumerados, a falta de planejamento.

A execução de planejamento antecipado para dar início a uma empresa é fator primordial para o sucesso que se pretende alcançar. Não se deve apenas “abrir uma portinha” e “tocar em frente”. Já é comprovado o aumento em 60% de probabilidade de o empreendimento dar certo com a elaboração prévia de um plano de negócios, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Harvard (EUA).

Antes de tomar a decisão de abrir o próprio negócio, seja do segmento do comércio, da prestação de serviços ou da indústria, o empreendedor deve questionar:
  • Onde?
  • O quê?
  • Por quê?
  • Como?
  • Quando?
  • Quem?
E as respostas a essas perguntas devem estar muito bem definidas, registradas no papel, ou seja, tudo deve ser anotado – é o planejamento.

Em um dos fóruns de empreendedorismo que participei na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sobre Plano de Negócios, o palestrante apresentou algumas “desculpas” que surgem pelos que se recusam a fazer esse planejamento, que se tornam até “engraçadas”, para não dizer “trágicas”:
  • Eu não preciso anotar. Tenho tudo na minha cabeça.
  • Eu não tenho tempo.
  • Todo mundo fala que vai dar certo.
  • Eu não gosto de fazer contas.
Já, o inverso, apresenta resultados positivos, haja vista que planejando o empreendedor traça o caminho a ser percorrido e as estratégias para atingir os objetivos e sua meta. Além disso, o ato de planejar obriga o futuro empresário a buscar informações e conhecimentos, diagnosticando, consequentemente, os pontos fortes e fracos do negócio a ser aberto, suas próprias habilidades e as de seu(s) sócio(s) e colaboradores, os interesses, os relacionamentos, a experiência e a capacidade administrativa e gerencial de cada um dos envolvidos, os fornecedores, os concorrentes, a necessidade dos clientes, os recursos disponíveis (investimento, capital de giro, infraestrutura, tecnologia, acesso à mão-de-obra) e, ainda, a legislação que regulamenta o tipo de empresa que está sendo aberta (impostos, lei de zoneamento municipal, etc.).

Portanto, o plano de negócios é um documento fundamental onde constará – no papel – o que é, o que faz, como é conduzida a empresa, onde se pretende chegar, tudo de forma teórica. É um “mapa” da empresa, onde o empreendedor avalia, através de um estudo, as vantagens ou desvantagens de se abrir o tão sonhado próprio negócio, antecipa as dificuldades, diminui os riscos e aumenta as possibilidades de sucesso, permite maior conhecimento do empreendimento, organiza as ideias e as prioridades e, porque não dizer, demonstra seriedade na condução da empresa.

Afinal, como se diz, “é melhor prevenir do que remediar”.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 07/09/2008.

Ideia x Oportunidade


São muitas as pessoas que sonham em abrir o próprio negócio. Também são inúmeras as ideias que essas mesmas pessoas têm em seus preciosos cérebros para, quem sabe, fazer a diferença no mercado e a empresa sobreviver e prosperar. Entretanto, é primordial saber distinguir ideia e oportunidade.

Todos nós, “seres pensantes”, temos milhares de ideias no decorrer de nossas vidas. Algumas excelentes, outras nem tanto. Já, a oportunidade, como alguns dizem, não aparece para todos.

Explicando: a oportunidade é a ideia que o mercado aceita. Posso ter uma ótima ideia, mas se quando materializada, seja através do comércio, da prestação de serviços ou da indústria, ela não for comprada, fica apenas no “campo da ideia”.

A oportunidade é a ideia que o mercado consumidor acredita: é a boa ideia, é a ideia útil para aquela época. Nas palestras que ministro, sempre cito alguns exemplos de oportunidades, de ideias que deram certo, que o mercado comprou, que facilitou a vida de muita gente. São eles: o apontador com depósito, o velcro, os Post-it’s®, a mini van, a internet, dentre outros – todos são produtos inovadores.

E como saber se sua ideia é uma oportunidade? Através de muita pesquisa e planejamento. É fundamental avaliar se o que você pretende lançar no mercado será comprado, se as pessoas estão realmente precisando daquele produto ou serviço, se é uma inovação ou apenas “mais um”, que resultados trarão para você como empreendedor (enfatizando aqui o lucro, principal objetivo de uma empresa), a relação custo-benefício. Quanto maior o número de informações relevantes, maior será sua criatividade e menores serão os riscos.

O conhecimento é a matéria-prima das novas ideias. E, como citei no artigo anterior – O Empreendedorismo e a Geração Empresa – vivemos a “era do conhecimento”. Portanto, diariamente surgem oportunidades para as pessoas e, diante disso, muitos novos negócios são criados: são oportunidades aproveitadas. Para isso, o empreendedor precisa ser pró-ativo, identificar e ir à busca dessas oportunidades. Essa atitude é o contrário de esperar que alguém apareça com “dicas” ou o “milagre” para se saber qual é o “negócio do momento”.

Temos que lembrar que o que parece útil para nós pode não ter a mesma importância para o outro. Para identificar uma oportunidade precisamos ter consciência de que o que estamos dispondo no mercado se trata de soluções e não de problemas aos nossos clientes, que procuram incessantemente formas para suprir suas necessidades.

Concluindo, o empreendedor de sucesso é um “criador de soluções” que, consequentemente, se tornam oportunidades. A empresa precisa ter como foco o cliente, agregado aos seus problemas e necessidades. E o empresário apresenta ao mercado as soluções, inovando sempre, oferecendo alternativas para fidelizar esse cliente. É uma via de duas mãos. Um precisa do outro.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 31/08/2008.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sobre estar sozinho...

A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado.
Dr. Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
 
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
 
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
 
Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
 
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
 
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
 
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
 
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
 
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
 
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
 
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
 
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não à partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
 
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.

O Empreendedorismo e a Geração Empresa


Atualmente, muito se ouve, se vê, se assiste, se encontra em diversos meios de comunicação e livros o termo “empreendedorismo”. Mas, o que realmente significa esta palavra dos tempos modernos, da era do conhecimento, da informação, da tecnologia, que ora vivemos?

O empreendedorismo é o ato de criar e gerenciar um negócio, assumindo riscos em busca do lucro. Sim, é isso mesmo: assumir riscos em busca do lucro porque, a partir do momento em que você decide abrir um empreendimento – seja um bar, uma mercearia, uma loja de cosméticos, uma lan house, uma loja de roupas, uma oficina mecânica, um açougue – está assumindo inúmeras circunstâncias arriscadas para obter lucro: o risco de não planejar devidamente a abertura desse negócio e perder economias de toda uma vida, o risco da inadimplência, o risco em relação à segurança, o risco de fidelizar seus clientes diante de um atendimento impecável (primordial para o comércio manter suas portas abertas nos dias de hoje), o risco de estar mais “com sua empresa” do que “com sua família”, enfim, a lista não pára por aqui.

O empreendedor de sucesso reúne algumas características fundamentais: está sempre buscando oportunidades, tem iniciativa, é persistente (não teimoso), tem comprometimento, é exigente em relação à qualidade e a eficiência, corre riscos calculados, estabelece metas, busca informações, planeja e monitora sistematicamente, tem capacidade de persuasão e de formar rede de contatos, é independente e autoconfiante.

Então, o empreendedor, para se tornar um empresário de sucesso, tem que ser perfeito? Sem sombra de dúvidas, é claro que não! É praticamente impossível um ser humano reunir todas essas características, algumas até natas, outras desenvolvidas no decorrer de sua história profissional. Entretanto, é fundamental ter claro para si mesmo quais são suas qualidades e quais suas deficiências, buscando a melhoria constante.

Costumo afirmar que se foi o tempo em que somente o médico tinha que estudar a vida toda para exercer sua profissão. Hoje em dia, todos precisam estar buscando informações, conhecimento, se atualizando, para se manter no mercado, seja como empresário ou como funcionário.

Também é sabido que não se encontra mais empregos para todos. O ideal, quando se formam novos negócios, se abrem novas empresas, é que essas surjam por oportunidade. O Brasil é um país que se destaca, de uma forma peculiar, na questão do empreendedorismo, onde a abertura de negócios, formais ou informais, acontece mais por necessidade, ou seja, pela falta de oportunidades no mercado de trabalho, e esse é um item a ser considerado de risco.

Vivemos a “era do empreendedorismo”. Vivemos a “Geração Empresa”. Então continuemos a sonhar e vamos pegar, literalmente, papel e caneta nas mãos e planejar a abertura de novas empresas, a fim de que evitemos que nossos sonhos não se tornem pesadelos, e sim, empreendimentos prósperos para nós mesmos, nossas famílias, aos colaboradores que delas dependem e, ainda, empresas que cresçam junto com nossa cidade, nosso estado, nosso Brasil.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, foi o 1° de uma série, elaborado para a coluna semanal "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 24/08/2008.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

REFLEXÃO

Adria Norma Riedo

Em meio a esta tristeza
Que nem sei explicar de onde vem
Reflito sobre como e quando reagir...
Afinal, diante de toda a beleza
Que a vida me apresenta
Ainda há muitos lugares para onde ir,
Tanto a perseguir, tanto a progredir...

Busco no dia a dia
Força, argumentos, oxigênio para me renovar.
Combato a injustiça, a inveja, a ignorância
Não permito me derrubar.
Entre crises e oportunidades
Sempre há o novo para buscar.

Exausta em meio à hipocrisia,
Enfadada perante a maldade,
Solitária diante da inveja alheia
Que impede que seja acesa a centelha
Combato o egoísmo desenfreado
Trago em mim, no fundo do meu ser,
O que de melhor posso proporcionar
Pois o que não me falta é amor a semear.

Decepcionada com alguns ditos seres humanos
Cansada de acreditar e em seguida desacreditar
Tenho fé de que Deus a tudo assiste
Tenho fé de que o bem persiste
E de que a injustiça aqui não vai ficar.

Tenho mais a agradecer
E pouco a reclamar
Perante o que o mundo moderno apresenta
Há muito que se resgatar...
Diante de quem e do que me cerca
Vou à luta,
Há muito que conquistar...

NOTA: 1º poema da autora, escrito em 02/09/2009.

domingo, 16 de maio de 2010

Consciência


"A minha consciência tem mais peso pra mim do que a opinião do mundo inteiro." (Cícero)

sábado, 15 de maio de 2010

Estímulo...


“A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-las a olhar para cima.”
(Elisabeth Küber-Ross)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E falando em RANCHO...

Acesse!!!
É o RANCHO no "Olha minha banda" do CALDEIRÃO DO HUCK!!!
Sua opinião é fundamental!!!

BANDA RANCHO UNIVERSITÁRIO

A Banda que canta e encanta
   
Adria Norma Riedo
 
Considerada uma das precursoras do estilo sertanejo universitário, a BANDA RANCHO UNIVERSITÁRIO alcança, em 2011, quatro anos na “rodovia da música”, cantando para um público de todas as idades, de todas as classes sociais, de diversas regiões do Brasil, somando cada vez mais fãs e seguidores. O trabalho do RANCHO UNIVERSITÁRIO é para e pelo público que acompanha crescentemente o estilo musical semeado de forma inovadora pelo grupo.

O RANCHO UNIVERSITÁRIO, que tem berço na cidade Sumaré, localizada estrategicamente no interior do Estado de São Paulo, não mede esforços para propagar seu trabalho, com características fundamentadas na boa música brasileira.

Deny Cardoso, Renan Saretti, Rodrigo Padovani, Felipe Caruso, Frango e Mauricio Salgado, integrantes da BANDA, com carisma, humildade e persistência – qualidades que lhes são intrínsecas – levantam a galera com estilos musicais diversos, desde o sertanejo de raiz ao sertanejo universitário, sua principal vertente, tendo ainda por influências o rock e o jazz.

O RANCHO UNIVERSITÁRIO toca grandes sucessos e inclui, em seu repertório, músicas autorais que já estão na boca e na memória, quando não na história, de quem os ouve e assiste.

Cantando e encantando, a BANDA RANCHO UNIVERSITÁRIO vem seguramente conquistando seu espaço no mundo artístico brasileiro, com a garra que é peculiar aos jovens da atualidade.

Casas noturnas e bares de Campinas, Sumaré, Americana, Limeira, Tietê, Piracicaba, Jaguariúna, Vinhedo, Indaiatuba, Itapira, Águas de Lindóia, Monte Mor, Capivari, Atibaia, São Pedro, Itatiba, dentre outras, efetivam, frequentemente, a contratação de shows da BANDA. Diversos eventos universitários já foram animados ao som do RANCHO, que também se apresentou em São Paulo (capital) e Candiba (Bahia).

Em períodos diferentes, o RANCHO tocou cerca de um ano e meio na SWINGERS – hoje, HAPPY NEWS – e na GOLD Street Bar, ambas no Shopping Parque Dom Pedro, em Campinas, levando ambas as casas, em inúmeras ocasiões, à lotação máxima.

Há que se destacar os shows do RANCHO UNIVERSITÁRIO em grandes rodeios do Brasil: Barretos, Americana, Jaguariúna, Sumaré, Paulínia, Capivari.

Dentre artistas deste país, entre músicos de diversos gêneros da história musical brasileira, o RANCHO esteve, em 20/07/2010, na comemoração de 40 anos de carreira de Chitãozinho & Xororó, no The Royal Palm Plaza Resort, em Campinas.

A BANDA RANCHO UNIVERSITÁRIO tem um vigor extremamente positivo, transmite uma energia do bem! E quem assiste, quem canta com o RANCHO, sabe que essa energia é real!

O RANCHO prova e comprova essa devotação: o público ouve, vê e sente a música entrando no coração e na alma! Através de sua arte, o RANCHO propaga amor, alegria, emoção, vida!

BEM-VINDO AO RANCHO UNIVERSITÁRIO!!!

Agenda, fotos, vídeos, contatos - acesse http://www.ranchouniversitario.com.br/

Nota: Release atualizado em 08/02/2011.

FILOSOFANDO SOBRE A VIDA E COMPORTAMENTOS


Adria Norma Riedo

Realmente, não existe “verdade absoluta”!
Com o decorrer da vida, refletindo sobre o que vejo e ouço, percebo que, cada vez mais, o ser humano insiste em defender uma “verdade absoluta” que simplesmente inexiste.
A minha “verdade” pode ser devido a caráter, educação, afinidades ou qualquer outra questão relevante, igual ou parecida a do meu semelhante. Entretanto, nem a minha, nem a do “outro” é a que rege o universo! Impossível!!!
A vida frenética que levamos nos tempos atuais nos conduz a não ouvir... escutamos, porém não ouvimos. E, diante dessa realidade, nos impomos, o que é diferente de nos colocarmos com respeito diante de algumas situações e adversidades que se apresentam a nossa frente.
E, pré-julgamentos, então?!!! Muitos, quando se deparam com alguma situação, não conversam... simplesmente tiram suas conclusões – que se tornam “verdades absolutas” – e fim de história! E cadê o ouvir, o respeitar, o argumentar, o interagir, o dividir? Histórias que são conduzidas dessa forma podem levar ao fim de histórias.
É um tal de achar que o outro é mais feliz, tem tudo, tem todos, tem “costa quente”, tem... tem... tem... tem... tem... E eu com isso?! E você com isso?! Por que não construir o seu antes de olhar o do outro? Sua “verdade absoluta” o leva a olhar a “verdade alheia” (que não é a verdade do outro – é a sua suposta verdade) e se esquece de construir o seu presente, o seu futuro, com base no seu passado. E, muitas vezes, nessa perda de tempo desconstrói o que nem ainda foi construído.
A maioria age e vive, de forma geral, julgando como o outro deveria agir e viver, de acordo com suas “verdades”, com suas convicções. Mas quem disse que as próprias “verdades” são as melhores, as mais acertadas? Eu acerto em tudo? Você acerta em tudo? Eu não falho? Você não falha? Ah, se fosse assim! A vida nem teria seu encanto!
Definitivamente, considero que todos – eu, você, eles, nós – devemos pensar e repensar sobre as tais “verdades”. Meu pensar e agir deve ser considerado e respeitado da mesma forma que o pensar e o agir do outro, independentemente dos resultados. É o livre arbítrio. Todos nós precisamos passar por situações iguais ou diferentes para nos tornarmos melhores – melhores como homens, como mulheres, como “família”, como parceiros de vida, como amigos, como profissionais, como GENTE!
Ninguém – absolutamente ninguém – conhece a vida do seu semelhante a fundo! Por mais que convivam, que compartilhem experiências, ninguém sabe tudo sobre ninguém. Ninguém sabe porque um determinado assunto pode comover uma pessoa e a mesma abordagem ser ignorada por outra. Ninguém sabe o porque e o “como” de suas “cicatrizes” – visíveis ou não. Então, que direito temos de pré-julgar “verdades”, atitudes, formas de vida, educação, sabedoria?
Podemos ter o melhor berço possível em nossos lares. Podemos estudar, optar por fazer ensino superior, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado. Mas, por mais efetiva, longa e intensa que seja nossa vida, jamais estaremos “prontos”. Jamais obteremos altas graduações, com certificados designando “A Escola da VIDA certifica o Sr. (ou a Sra.) Fulano de Tal que, no dia ...... de ................. de ........., concluiu o Doutorado de VERDADE E CONHECIMENTO PLENO DA VIDA”. Sinto muito, mas isso não vai acontecer...
Costumo dizer a meu filho, desde pequeno – e hoje na fase da adolescência – que devemos usar nossa inteligência a nosso favor e não contra nós. E a linha que divide esse “a favor” e o “contra” é tênue, perigosa, quase imperceptível. É uma questão de bom senso!
Afinal, quando o ser humano nasce, vem sem Manual de Instrução, sem garantia e nem sequer prazo de validade.
Quanto ao Manual de Instrução – cada um elabora o seu e nunca estará pronto. E jamais será idêntico ao do outro.
Quanto à garantia – por acaso existe ser humano sem defeito de fabricação? Existe alguém perfeito circulando por aí? E, ao descobrir os tais defeitos, há como devolver a “mercadoria”? Aceita troca?
Quanto ao prazo de validade – alguém sabe a véspera de ir desta pra melhor ou pior? Se alguém tiver a bola de cristal, não me conte. Não tenho medo da morte, mas não quero saber.
Concluindo, que tal cada um elaborar  –  intimamente – a partir das próprias experiências, vivências, acertos e desacertos, conquistas e perdas, “verdades” e “inverdades” – e não pré-julgamentos –, o seu Manual de Instrução e a sua garantia?! Porque, o prazo de validade, fica por conta de Deus!