Adria Norma Riedo
Para trazer um filho ao mundo tudo foi muito planejado, conforme manda o figurino. Namorei, noivei, desnoivei, namorei e noivei de novo, me casei. Após dois anos, optamos pela gravidez e, três meses depois da GRANDE DECISÃO, fui abençoada. Fui sozinha ao laboratório com a intenção de surpreender a todos com o resultado, que foi POSITIVO!!! Indescritível a sensação de ler naquele papel: POSITIVO!!!
Indescritível também a sensação de estar grávida! Indescritível a sensação de a cada consulta médica acompanhar a evolução daquele ser maravilhoso dentro do meu ventre! Indescritível a preparação para sua chegada! Indescritível as horas, os minutos, os segundos que antecederam o parto! Indescritível seu nascimento!!! Indescritível o amor incondicional pelo ser humano que Deus permitiu que eu trouxesse a este mundo!!!
Ele veio por meio do que tenho mais puro, sincero, inédito, leal no mundo: meu amor!!! É um filho lindo!!! É a maior razão da minha vida! É O MEU AMOR ETERNIZADO!
Defino-me uma Adria antes dele e outra, bem melhor, depois.
Tenho ciência e consciência de meus deveres, de minhas responsabilidades para com ele e não abro mão de nada que o conduza a ser um bom Homem! Certamente, erro! Mais certamente ainda erro em busca dos 100% de acertos! É um treino, um jogo de habilidades diário!!! Difícil e gratificante ao mesmo tempo!!! Indescritível!!!
Antes da concretização desse fato de extremo amor e realização como Mulher, sonhei por toda a vida em ter mais filhos... dois, três, por que não quatro?! Entretanto, os acontecimentos inesperados do cotidiano somados ao peso da responsabilidade levaram a eu ter apenas o “filho único”.
Único?! Quem disse único?!
E a vida volta a me surpreender!!!
Com outra possível gravidez?! Não!!!
A surpresa veio, primeiramente, com o fim do meu casamento, concomitantemente, ao reencontro comigo mesma... Fiquei distante da Adria em essência durante anos... Arrependimentos?! Nem pensar!!! Assim tinha que ser e assim foi!!!
E a maior surpresa, um “pacote divino de presentes e mais presentes” propriamente dito: a adoção. Sim! A adoção de jovens, alguns mais novos, outros nem tanto, alguns mais maduros, outros nem tanto... mas todos jovens...
Com o decorrer das situações – conquistas e perdas, alegrias e tristezas – cada um deles foram me enumerando carinhosos apelidos: DAFI (Dama – Amiga – Fada – Irmã), DAFIM (Dama – Amiga – Fada – Irmã – Mãe), MUA (Mãe Única Adotiva), Anjo, Minha Véia, Iluminada (ou Alumiada), Bruxinha (do Bem), Miss, Lindona, Betty Boop, Irmã Metralha, Madrinha, Mãezona, Irmã, Cumadre, Adrião, Queridona, Amiga!
E a todos eles, naturalmente, sem ensaios, fui retribuindo: DAFI, DAFIM, FAU (Filha Adotiva Única), Anjo Americano (que se tornou Anjo Brasileiro), Protegido, Iluminada (ou Vagaluma), Corujinha, Sininho, Afilhada, Afilhado, Pequena Grande Mulher, Mosqueteira, Cumpadre e Cumadre, Ivetão, Amiga VIP, ou, simplesmente e profundamente, Amigas e Amigos!!!
Sou mãe que gerou e cria o "filho único"!
Sou mãe que adotou inúmeros filhos – todos também "únicos", haja vista que nenhum deles é igual... Podem ser até parecidos em algumas características, tais como caráter, personalidade, alto astral, vontade de vencer... mas iguais, nem pensar!!! Alguns jovens, outros nem tanto... alguns maduros, outros nem tanto... Jovens de espírito, jovens de vida, jovens no amor, jovens em busca de conquistas... Simplesmente, jovens... jovens de energia, jovens de luz... Jovens adultos versus jovens crianças... Jovens!!!
Leonardo... meu filho único!
E meus filhos únicos – Ana Paula, Nathália, Carlinha, Rodrigo, Vivi's, Tito, Juzinha, Katita, Thais's, Renan, Bia, Ju, Deny, Drika, Chiquinho, Lu’s, Carol’s, Ale, Fer’s, Alessandra, Claudinha, Rob, Deny, Marissa, Rafa, Silvania, Maria Gabriela... dentre tantos que já existem e tantos que, com certeza, ainda virão... Afinal, seres humanos são bem-vindos as nossas histórias!
Então, que venham!!! Como popularmente se afirma: “coração de Mãe – sempre cabe mais um”.
Ah! Impossível deixar de citar... a minha pequena AnaLu... só ela, além do Leonardo, conhece o pozinho do pirlimpimpim... onde o colinho de Mãe que acolhe sempre traz o merecido soninho... o soninho mais delicioso que possa existir... o soninho da inocência... o soninho de criança!!!
Obrigada, Deus, pela bênção de ser Mãe!
E peço, com toda fé que me é intrínseca, que abençoe a todos esses seres especiais, esses jovens... jovens adolescentes, jovens adultos, jovens com alma de criança... todos, indiscutivelmente, jovens de alma!!!