segunda-feira, 7 de junho de 2010

Amor, amizade, tudo ou nada disso?


Adria Norma Riedo

Há anos tenho total ciência do quão importante é minha história, minha vida.

Minha família, principalmente minha Mãe e meus Avós me incutiram princípios, valores, sentimentos de humanidade, compreensão, carinho, amor, respeito, perdão, caridade. Minha fé e o que acredito sobre plantar e colher, sobre livre arbítrio, não me canoniza, não me torna Santa, mas faz com que minha consciência seja minha principal parceira.

Confesso que, há algum tempo, me encontro num misto de perplexidade e decepção com valores que a juventude (sem generalizar) tem apresentado de forma nua e crua. Temo pela banalização das palavras tais como AMOR, AMIZADE, FIDELIDADE, INCONDICIONALMENTE, INIGUALÁVEL, ETERNO, dentre tantos e tantos outros sentimentos, adjetivos e superlativos.

Na época de nossos pais, de nossos avós, pouco se falava de sentimentos, mas no fundo sabíamos que existiam. Hoje, muito se fala, mas pouco se sente. Estou realmente atônita com a deturpação de sentimentos e de valores! Amigos que saem rumo às famosas baladas e trocam de parceiros como se substituem peças de roupas. E agem como se estivessem conquistando – ou colecionando – troféus. Que CRUEL ILUSÃO!

Longe de mim ser uma profetiza, Anjo, Fada, Bruxa! Ninguém tem o poder absoluto sobre a verdade, muito menos eu. Mas onde estão os verdadeiros significados de companheirismo, dignidade, autoconfiança, responsabilidade? Onde estão os limites?

Vejo escraxadamente sentimentos de rancor, raiva, inveja, vingança (por motivos torpes) sendo mascarados por parceria. Como Shakespeare afirmou “ressentimento é tomar veneno; e esperar que o OUTRO morra.”

Onde está a humildade, o viver bem, a busca incessante pela felicidade? Fazer mal ao outro é buscar a felicidade ou plantar a própria infelicidade? Onde está a bondade, a crença em Deus, a fé, a autoestima, o respeito?

Esta inquietude nem é tanto por mim. Fico aflita pelo meu Filho que tanto há o que viver, por esses jovens que tanto têm que amadurecer, pelos filhos desses mesmos jovens que estão por vir...

Enfim, já fui criticada por me preocupar com os outros... Hoje, recebo inúmeros elogios e carinhos (de verdade) por essa angústia que tenho para com meus semelhantes... E tudo porque sou assim: AMO O SER HUMANO!!! Sou persistente – e não teimosa – em acreditar no SER HUMANO!

E tenho muito que aprender, muito que compreender e muitos para amar!

Um comentário:

  1. MInha dileta Adria,quem vos é solidário é Marcus Coelho,amigo de faculdade,tenho uma filha e vejo sua preocupaçõa como forma de uma cruzada a qual já comecei,Peça para a Paquita,rsrsrs,digo Vania lhe enviar um artigo qu escrevi e só fora divulgado por alguns jornais,porém já foi um inico.Parabéns Menina.

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