domingo, 6 de junho de 2010

Universo Feminino e Empreendedorismo


O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é o maior estudo independente do mundo sobre a atividade empreendedora, cobrindo 54 países consorciados, o que representa 95% do Produto Interno Bruto (PIB) e dois terços da população mundial. O GEM, criado em 1999, é coordenado pelo Global Entrepreneurship Research Association (GERA) – organização composta e dirigida pela London Business School (Inglaterra), pelo Babson College (Estados Unidos) e por representantes dos países participantes do estudo.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 08/02/2009. Portanto, desde então, há o que se atualizar à respeito dessas pesquisas anuais. Tão logo estarei redigindo novo material sobre o assunto, com os mais recentes resultados. Posso adiantar que são números cada vez mais otimistas! É a mulher contemporânea não mandando recado – ela dá o recado pessoalmente!

Em pesquisa apresentada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) divulgada em 2007, o empreendedorismo feminino é o sétimo mais atuante no mundo, o que representa expressivos 5,5 milhões de mulheres empreendedoras, aproximadamente, com negócios em fase de implantação ou de até 42 meses de existência (estágio inicial).

Desde que o Brasil foi incluído nos estudos do GEM, temos motivos mil para nos orgulhar, estando sempre entre os dez países mais empreendedores do mundo. Só para exemplificar, em 2000, esteve em primeiro lugar; em 2001, ficou em quinto lugar; em 2002, ocupou a sétima colocação; em 2003, subiu para o sexto lugar no ranking mundial.

Segundo pesquisas, o universo feminino empreende mais por necessidade do que o masculino, o que comprova a necessidade de inversão, haja vista que negócios abertos por oportunidade têm muito mais possibilidade de sucesso, pois, dessa forma, há análise, planejamento, avaliação de riscos, monitoramento. Quando por necessidade, geralmente, é pela falta de renda, pelo desemprego, chegando até ao desespero por motivos pessoais.

Quando se tratar de elencar o perfil da mulher empreendedora, existem características inerentes ao universo feminino que se tornam vantajosas no comando de um negócio, tais como intuição, capacidade para lidar com pessoas, dedicação, sensibilidade, paciência, versatilidade.

Ao abordar o universo feminino e o empreendedorismo, de forma alguma, estou levantando qualquer bandeira. Sou da opinião de que a mulher tem que conhecer seu potencial e ser reconhecida, mas jamais desprezaria a força e competência masculina que, comprovadamente, tem seu sucesso estabelecido e amplamente divulgado. Jamais diria que um se sobrepõe ao outro.

A mulher – que antes de ser reconhecida como empreendedora – já exercia inúmeros papéis, tais como o de mãe, esposa, dona de casa, administradora do lar (quando não das finanças da família) passa a ter seu tino mais aguçado nos dias de hoje em decorrência de sua polivalência. É o “jogo de cintura”.

Para alcançar este patamar, a mulher sofreu muito e ainda sofrerá mais um tanto. Porém, o mundo está reconhecendo que há um “casamento” estável e próspero entre o universo feminino e o empreendedorismo. Como afirmou Peter Drucker, “onde quer que você veja um negócio de sucesso, pode acreditar que ali houve, um dia, uma decisão corajosa.”

O homem sempre foi e continua sendo o ser humano de coragem no contexto da história mundial. Agora, a mulher vem rompendo paradigmas e provando que não é mais o sexo frágil. Ela é também corajosa. Aliás, nós somos!

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