segunda-feira, 24 de maio de 2010

Concorrência é desafio, não “inimigo”


Nos três primeiros artigos que assino na Geração Empresa(*) o leitor encontra a citação “mercado”. E o que significa esse mercado? No setor empresarial, trata-se de seu consumidor, seus concorrentes e seus fornecedores.

Hoje, faço questão de discorrer sobre a concorrência que tantos temem. E estejam certos de que, muitas vezes, não há fundamentos para esse “temor”.

Existem empreendedores que, ao abrir uma empresa, de antemão, declaram: Vou abrir um tipo de negócio que não tem concorrente. E, de início, já apresento um alerta: você pode até abrir um empreendimento sem concorrência, mas se ele der certo – e tomara que isso aconteça – os concorrentes surgirão. Afinal, isso é resultado positivo, uma vez que só se abre uma empresa objetivando o lucro, pretendendo que ela dê certo, que sobreviva no mercado.

O concorrente é aquele que, desde que atenda às mesmas necessidades dos clientes, atua na mesma região onde se tem o empreendimento.

É importante estar atento ao que a concorrência faz e como faz, o que está vendendo, de que forma trabalha, se adere às inovações, qual a qualidade de seus produtos ou serviços, como estabelece seus preços, como realiza promoções, de que forma motiva e capacita seus funcionários, como pratica o atendimento, como fideliza seus clientes. As respostas a essas questões é um mapeamento da competitividade onde o empreendedor visualiza a posição de sua empresa perante seus concorrentes.

Ao traçar esse mapa, o empresário passa a entender a concorrência e sua real posição no setor que opera, a estabelecer estratégias de sobrevivência do seu negócio no mercado, a explorar diferenciais que atraiam e fidelizem clientes e fornecedores, determinando, consequentemente, suas vantagens competitivas e implantando melhorias a fim de eliminar pontos fracos e destacando pontos fortes.

Da mesma forma que aprendemos com nossos erros e acertos – principalmente, com os erros – é essencial transferir essa experiência para o mundo dos negócios, onde se aprende muito com os próprios erros e acertos e os da concorrência.

Para que todas as informações aqui sugeridas sejam claras e objetivas, faz-se necessária a atuação de um indivíduo com papel decisivo nesse processo: o líder. Mas, sobre liderança, em sua essência, abordarei em artigos futuros. Agora, destaco apenas uma das características fundamentais do líder perante a empresa: comprometimento.

O comprometimento a que me refiro é a prática constante de defesa de sua empresa, de forma a contagiar seus colaboradores e parceiros, sem menosprezar o produto ou o serviço do outro, é a relação cordial e ética com a concorrência, é estar atento permanentemente com o cliente que, por sua vez, está observando o seu negócio e de seus concorrentes. E é ele que faz as escolhas de acordo com suas necessidades.

A competitividade é um processo extremamente dinâmico. Mudanças ocorrem a todo o momento e para que a empresa acompanhe as oscilações do mercado e sobreviva com destaque perante a concorrência, de nada adianta atacá-la como se estivesse em um “campo de batalha mirando contra o inimigo”. O concorrente é o desafio do negócio que tem tudo para dar certo. O que o outro faz bem, tenho que fazer melhor. O que faço na minha empresa, o outro vai buscar fazer melhor ainda na dele. É uma necessidade permanente onde o empresário está em busca do lucro e o principal vencedor dessa boa batalha é o cliente.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa”(*) do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 14/09 e em 05/10/2008.

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