quarta-feira, 26 de maio de 2010

O desafio de lidar com pessoas


Dentro de qualquer empresa, seja ela micro, pequena, média ou de grande porte, sempre há desafios que alguns insistem em rotular como problemas. Mas, comumente, não adoto a denominação “problemas” em minha vida. Prefiro os desafios, que aí estão para ser transpostos e, certamente, com oportunidades de soluções e de melhorias. E, o desafio a que me refiro neste artigo é o de lidar com pessoas.

Pessoas provêm de famílias diferentes, com personalidades, educação, conceitos, valores, tabus, critérios, expectativas, condições socioeconômicas diversas. E, somadas as diferenças de idade e de experiências no contexto empresarial, trás à tona, de forma mais relevante ainda, as inúmeras facetas do profissional enquanto indivíduo.

Há um conflito entre gerações que se torna uma preciosidade no mundo corporativo: antigamente, o profissional buscava pela estabilidade e, hoje, almeja resultados imediatos. Essa divergência, se bem conduzida pelas lideranças, se torna uma das garantias de sustentabilidade da empresa: de um lado, está a experiência aliada à competência e, de outro, a busca incessante pela mudança, pelo novo, pelos resultados, pelas metas.

Na era da competitividade na qual nos encontramos, o destaque está na qualidade, no comprometimento e no desempenho das pessoas que compõem os recursos humanos da empresa. Para alimentar, para motivar essas mesmas pessoas faz-se necessário interessar-se pelo ser humano em sua essência, usando sempre o recurso do feedback, que “é o procedimento que consiste no provimento da informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta ou eventualidade executada por ela e objetiva reprimir, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações determinadas, executadas anteriormente."(*)

A gestão de recursos humanos, quando bem utilizada, é uma ferramenta indispensável para o envolvimento das pessoas em relação à qualidade de tudo o que é desempenhado no contexto empresarial. Aqui, especificamente, a liderança necessita de extrema cautela para a tomada de decisões: ouvir – ou melhor, saber ouvir – observar, refletir, descentralizar, delegar, compartilhar, recompensar. Quando o funcionário sabe exatamente quais suas atribuições, para que realiza as tarefas, a que se destinam, quais os resultados do que faz, ele corresponde de forma extremamente positiva para com a missão da empresa e, ainda, evitando-se os famosos ruídos de comunicação.

Avaliar as competências e o desempenho das pessoas na empresa propicia identificar os pontos fortes e fracos de cada indivíduo e desenvolver instrumentos de gestão que levem a potencializar as características relevantes para a aceleração do processo administrativo como um todo.

Pessoas também têm uma grande resistência às mudanças, seja pelo conforto, pelo comodismo, pelo medo do novo, pelos paradigmas. Mas, a partir do momento em que percebem que precisam da mudança – e aqui entram as necessidades individuais – essas mesmas pessoas passam a aceitá-la, a se adequar, a evoluir.

A arte de lidar com pessoas e superar os desafios agregados a esse processo é uma mola propulsora empresarial que, quando bem administrada, gera motivação, desenvolve competências, mobiliza equipes, agiliza processos, minimiza resistências e preconceitos, potencializa talentos. Consequentemente, ganha o ser humano e ganha o “ser empresa” – é jogo do “ganha-ganha”.

(*) http://pt.wikipedia.org/wiki/Feedback

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal “Geração Empresa” do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 12/10/2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário