sexta-feira, 21 de maio de 2010

Planejar é preciso


Inúmeras empresas que são abertas no Brasil tem suas portas fechadas entre o primeiro e o quinto ano de funcionamento. E são vários os motivos para o “índice de mortalidade”, como o SEBRAE denomina: falta de conhecimento do próprio negócio e do mercado, ausência de projeções, má comunicação entre os sócios e com os colaboradores, não comprometimento e, dentre tantos que podem ser enumerados, a falta de planejamento.

A execução de planejamento antecipado para dar início a uma empresa é fator primordial para o sucesso que se pretende alcançar. Não se deve apenas “abrir uma portinha” e “tocar em frente”. Já é comprovado o aumento em 60% de probabilidade de o empreendimento dar certo com a elaboração prévia de um plano de negócios, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Harvard (EUA).

Antes de tomar a decisão de abrir o próprio negócio, seja do segmento do comércio, da prestação de serviços ou da indústria, o empreendedor deve questionar:
  • Onde?
  • O quê?
  • Por quê?
  • Como?
  • Quando?
  • Quem?
E as respostas a essas perguntas devem estar muito bem definidas, registradas no papel, ou seja, tudo deve ser anotado – é o planejamento.

Em um dos fóruns de empreendedorismo que participei na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sobre Plano de Negócios, o palestrante apresentou algumas “desculpas” que surgem pelos que se recusam a fazer esse planejamento, que se tornam até “engraçadas”, para não dizer “trágicas”:
  • Eu não preciso anotar. Tenho tudo na minha cabeça.
  • Eu não tenho tempo.
  • Todo mundo fala que vai dar certo.
  • Eu não gosto de fazer contas.
Já, o inverso, apresenta resultados positivos, haja vista que planejando o empreendedor traça o caminho a ser percorrido e as estratégias para atingir os objetivos e sua meta. Além disso, o ato de planejar obriga o futuro empresário a buscar informações e conhecimentos, diagnosticando, consequentemente, os pontos fortes e fracos do negócio a ser aberto, suas próprias habilidades e as de seu(s) sócio(s) e colaboradores, os interesses, os relacionamentos, a experiência e a capacidade administrativa e gerencial de cada um dos envolvidos, os fornecedores, os concorrentes, a necessidade dos clientes, os recursos disponíveis (investimento, capital de giro, infraestrutura, tecnologia, acesso à mão-de-obra) e, ainda, a legislação que regulamenta o tipo de empresa que está sendo aberta (impostos, lei de zoneamento municipal, etc.).

Portanto, o plano de negócios é um documento fundamental onde constará – no papel – o que é, o que faz, como é conduzida a empresa, onde se pretende chegar, tudo de forma teórica. É um “mapa” da empresa, onde o empreendedor avalia, através de um estudo, as vantagens ou desvantagens de se abrir o tão sonhado próprio negócio, antecipa as dificuldades, diminui os riscos e aumenta as possibilidades de sucesso, permite maior conhecimento do empreendimento, organiza as ideias e as prioridades e, porque não dizer, demonstra seriedade na condução da empresa.

Afinal, como se diz, “é melhor prevenir do que remediar”.

Este artigo, de autoria de Adria Norma Riedo, é da série elaborada para a coluna semanal "Geração Empresa" do Jornal Tribuna Liberal, de Sumaré – SP, publicado em 07/09/2008.

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