sexta-feira, 14 de maio de 2010

FILOSOFANDO SOBRE A VIDA E COMPORTAMENTOS


Adria Norma Riedo

Realmente, não existe “verdade absoluta”!
Com o decorrer da vida, refletindo sobre o que vejo e ouço, percebo que, cada vez mais, o ser humano insiste em defender uma “verdade absoluta” que simplesmente inexiste.
A minha “verdade” pode ser devido a caráter, educação, afinidades ou qualquer outra questão relevante, igual ou parecida a do meu semelhante. Entretanto, nem a minha, nem a do “outro” é a que rege o universo! Impossível!!!
A vida frenética que levamos nos tempos atuais nos conduz a não ouvir... escutamos, porém não ouvimos. E, diante dessa realidade, nos impomos, o que é diferente de nos colocarmos com respeito diante de algumas situações e adversidades que se apresentam a nossa frente.
E, pré-julgamentos, então?!!! Muitos, quando se deparam com alguma situação, não conversam... simplesmente tiram suas conclusões – que se tornam “verdades absolutas” – e fim de história! E cadê o ouvir, o respeitar, o argumentar, o interagir, o dividir? Histórias que são conduzidas dessa forma podem levar ao fim de histórias.
É um tal de achar que o outro é mais feliz, tem tudo, tem todos, tem “costa quente”, tem... tem... tem... tem... tem... E eu com isso?! E você com isso?! Por que não construir o seu antes de olhar o do outro? Sua “verdade absoluta” o leva a olhar a “verdade alheia” (que não é a verdade do outro – é a sua suposta verdade) e se esquece de construir o seu presente, o seu futuro, com base no seu passado. E, muitas vezes, nessa perda de tempo desconstrói o que nem ainda foi construído.
A maioria age e vive, de forma geral, julgando como o outro deveria agir e viver, de acordo com suas “verdades”, com suas convicções. Mas quem disse que as próprias “verdades” são as melhores, as mais acertadas? Eu acerto em tudo? Você acerta em tudo? Eu não falho? Você não falha? Ah, se fosse assim! A vida nem teria seu encanto!
Definitivamente, considero que todos – eu, você, eles, nós – devemos pensar e repensar sobre as tais “verdades”. Meu pensar e agir deve ser considerado e respeitado da mesma forma que o pensar e o agir do outro, independentemente dos resultados. É o livre arbítrio. Todos nós precisamos passar por situações iguais ou diferentes para nos tornarmos melhores – melhores como homens, como mulheres, como “família”, como parceiros de vida, como amigos, como profissionais, como GENTE!
Ninguém – absolutamente ninguém – conhece a vida do seu semelhante a fundo! Por mais que convivam, que compartilhem experiências, ninguém sabe tudo sobre ninguém. Ninguém sabe porque um determinado assunto pode comover uma pessoa e a mesma abordagem ser ignorada por outra. Ninguém sabe o porque e o “como” de suas “cicatrizes” – visíveis ou não. Então, que direito temos de pré-julgar “verdades”, atitudes, formas de vida, educação, sabedoria?
Podemos ter o melhor berço possível em nossos lares. Podemos estudar, optar por fazer ensino superior, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado. Mas, por mais efetiva, longa e intensa que seja nossa vida, jamais estaremos “prontos”. Jamais obteremos altas graduações, com certificados designando “A Escola da VIDA certifica o Sr. (ou a Sra.) Fulano de Tal que, no dia ...... de ................. de ........., concluiu o Doutorado de VERDADE E CONHECIMENTO PLENO DA VIDA”. Sinto muito, mas isso não vai acontecer...
Costumo dizer a meu filho, desde pequeno – e hoje na fase da adolescência – que devemos usar nossa inteligência a nosso favor e não contra nós. E a linha que divide esse “a favor” e o “contra” é tênue, perigosa, quase imperceptível. É uma questão de bom senso!
Afinal, quando o ser humano nasce, vem sem Manual de Instrução, sem garantia e nem sequer prazo de validade.
Quanto ao Manual de Instrução – cada um elabora o seu e nunca estará pronto. E jamais será idêntico ao do outro.
Quanto à garantia – por acaso existe ser humano sem defeito de fabricação? Existe alguém perfeito circulando por aí? E, ao descobrir os tais defeitos, há como devolver a “mercadoria”? Aceita troca?
Quanto ao prazo de validade – alguém sabe a véspera de ir desta pra melhor ou pior? Se alguém tiver a bola de cristal, não me conte. Não tenho medo da morte, mas não quero saber.
Concluindo, que tal cada um elaborar  –  intimamente – a partir das próprias experiências, vivências, acertos e desacertos, conquistas e perdas, “verdades” e “inverdades” – e não pré-julgamentos –, o seu Manual de Instrução e a sua garantia?! Porque, o prazo de validade, fica por conta de Deus!

3 comentários:

  1. Amiga parabens pelo Blog....adorei!!!
    Agora ou acompnhar Mamis e vc....
    Beijaooooooo
    Amoooo

    ResponderExcluir
  2. Dafiiiii como vc ta chique agoraaa hein.....ameiiii o Blog e achei uma ótima idéiaaa.....
    Seus textos sem comentários né...vc sabe o qto gosto das coisas que escreve e como escreve.....

    amooooo demaissss!!! bjoooooo

    ResponderExcluir
  3. Oieeeeeeeeeeeeeeeee.... já tinha lido esse texto, mas não me custa deixar aqui a minha admiração pelo seu jeito de escrever, direto e claro... Minha amiga, eu já disse que te amo hoje?? Não??? Falha minha..... beijos. Sua amiga, irmã de coração...
    Teresa

    ResponderExcluir